sexta-feira, 18 de março de 2016

A posse de Lula é válida?

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Qual foi a confusão do caso da posse do Lula?
Nos últimos dias, o semblante dos brasileiros, em sua grande parte, é de inquietação acerca dos problemas na Casa Civil. Houvera a publicação ilícita de uma imagem da posse do ex-presidente  Lula já assinada pelo mesmo, mas não pela presidente Dilma.

Mas o que invalida essa ação? Ou o que nos faz acreditar que esse documento "vazado" seja, de fato, o termo de posse que é acusado de ser?

Para aplicação de uma análise diplomática, têm-se como grande aliada a análise não somente de um documento, mas sim de um conjunto de documentos de mesma espécie, pois dessa forma permite-se uma análise mais profunda. Por isso, abaixo são analisados dois termos de posse (poderia, e seria ainda mais interessante, a análise de vários outros), o do ex-presidente Lula e o de Aureo Lidio Moreira Ribeiro como Conselheiro da Anatel.

No termo de posse do ex-presidente Lula, é possível perceber que o documento não segue padrão formal. Não há presença de símbolos que comprovem sua proveniência (ausência de dados do produtor, datação, assim como a assinatura da pessoa responsável por sua criação - Dilma).  Sua informação, além de equivocada, possui erro de trâmite, uma vez que Dilma deveria assinar primeiro, além da presença obrigatória do ex-presidente no momento da cerimônia de posse.

Em contrapartida, quando analisamos o termo de posse de Aureo Lidio Moreira Ribeiro como Conselheiro da Anatel, em conjunto com a imagem da publicação de sua nomeação no Diário Oficial da União (DOU), vimos que este já possui elementos que configuram tanto sua autenticidade quanto a sua adequação nos termos da Diplomática. Possui também elementos que configuram sua validação, tais como timbre, assinatura de quem está empossando, do empossado, o ato legal da designação (visto que o termo funciona basicamente como "recibo" da posse).  Aparentemente, este termo seguiu os trâmites corretos, porém, nota-se a ausência de data, o que dificulta sua análise neste critério.

Assim, vimos que o termo do Lula tem vários vícios que pressupõem a sua invalidação. Já o termo do Conselheiro da Anatel possui diversos elementos que caracterizam sua validação, a despeito de não haver datação no respectivo termo.





You shall (not) pass: olhando os blogs passados

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Bom dia, galera!

Hoje a atividade consiste em examinar os blogs passados de alunos da disciplina Diplomática e Tipologia Documental (blog mãe), bem como escolher 3 blogs como referência para o nosso tema. Como nosso escopo ainda não foi totalmente decidido, optamos por selecionar os mais próximos do que será nosso assunto: a documentação medieval. Assim, escolhemos:


  • Grupo Arquizero: blog trata da documentação Goyaz (conjunto de fazendas que se tornariam, posteriormente, o querido Distrito Federal). Estruturalmente, o blog é bem dividido e possui conteúdo interessante, além de disponibilizar material sobre Paleografia (ei, nosso tema!) ao final da página.  

  • Grupo Diplomáticas Já!: Ditadura Militar no Brasil e sua documentação (a restante, que não foi queimada). A manutenção do blog poderia ter sido feita de melhor maneira, mais didática. O tema é interessante, mas o blog não faz uso de abas ou gadgets para tornar o conteúdo mais atrativo.

  • Grupo Arquivo Secreto:  Documentação sigilosa da Ditadura Militar. Blog bem organizado e condizente com seu contexto, cheio de documentos que exemplificam bem seu tema:


Fonte: Arquivo Secreto

quinta-feira, 17 de março de 2016

A Diplomática Explica?!

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A visão tradicional da diplomática, segundo Ana Célia Rodrigues (2002), é auxiliar ao campo da História, bem como restrita à análise formal do documento, afim de lhe atribuir autenticidade (ou não).

Hoje, com os adventos modernos da tecnologia (a.k.a internet), o campo se encontra em grande expansão e busca não só atribuir parâmetros de certo ou errado aos Arquivos, mas também correlacionar documentos para que se possa chegar a uma determinada verdade. Ou seja, a explosão informacional nos traz a ideia de que tudo pode e deve ser provado. 

Fonte: Folha

Na notícia que escolhemos, é claramente perceptível a inserção da mesma como apenas mais um ponto no grande complexo informacional que o assunto tratado é. Ela vem de modo a complementar uma situação, para reafirmar uma suposta verdade (de que Lula deveria estar preso), por meio de suas características informacionais (fatos e ideias sobre Lula, Dilma e suas funções públicas), bem como sua estrutura extrínseca (quem escreveu a matéria, seu site de hospedagem, a data e o local, que busca atribuir credibilidade ao seu conteúdo).

A matéria do jornal é, assim, como a maioria dos documentos encontrados nos Arquivos físicos: não precisa ser completo em seu conteúdo e revelar todas as informações sobre determinado assunto, mas deve aludir seu contexto e, por consequência, outros documentos que envolvam o seu assunto de maneira complementar.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Quem somos? Pra que este blog?

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Olá! 

Somos Pablo e Clara, estudantes da disciplina de Diplomática e Tipologia Documental da Universidade de Brasília, e criamos este blog para trazer questões relacionadas à formas de autenticação de documentos na Era Medieval, tendo como fontes estudos científicos e/ou acadêmicos. 

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